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Pesquisadores encontram a chave para manter a memória funcionando


A memória operacional, a capacidade de manter um pensamento em mente, mesmo através da distração, é a base do raciocínio abstrato e uma característica definidora do cérebro humano. Também é prejudicada em distúrbios como esquizofrenia e doença de Alzheimer.

Agora, os pesquisadores de Yale descobriram uma molécula chave que ajuda os neurônios a manter informações na memória de trabalho, o que poderia levar a possíveis tratamentos para distúrbios neurocognitivos, relataram em 19 de março na revista Neuron.

"A memória de trabalho surge de circuitos neuronais no córtex pré-frontal", disse o autor sênior Min Wang, pesquisador sênior em neurociência. "Estamos aprendendo que esses circuitos têm requisitos especiais de manutenção molecular".

Os neurônios do córtex pré-frontal se excitam para manter as informações "em mente". Esses circuitos agem como uma espécie de bloco de desenho mental, permitindo lembrar por exemplo que as cebolas caramelizadas estão cozinhando na frigideira enquanto procuramos uma tesoura na sala ao lado.

O novo estudo mostra que esses circuitos corticais pré-frontais dependem dos receptores M1 muscarínicos estimulantes do neurotransmissor acetilcolina alinhados na superfície dos neurônios do córtex pré-frontal. O bloqueio dos receptores muscarínicos M1 reduziu o disparo de neurônios envolvidos na memória de trabalho, enquanto a ativação dos receptores M1 ajudou a restaurar o disparo neuronal. Como as ações da acetilcolina nos receptores M1 são reduzidas na esquizofrenia e na doença de Alzheimer, o receptor M1 pode servir como um alvo terapêutico potencial, sugerem os autores.

Wang observa que um medicamento atualmente em desenvolvimento para o tratamento da esquizofrenia estimula esse receptor M1 e se mostrou promissor nos primeiros ensaios clínicos.