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Novos fósseis desvendam segredos evolutivos das cobras com patas traseiras


Paleontólogos da Argentina e da Universidade de Alberta adicionaram uma nova peça ao quebra-cabeça da evolução das cobras.

Os pesquisadores examinaram um fóssil bem preservado da cobra Najash rionegrina que viveu há 100 milhões de anos na Argentina. O estudo mostra que essas cobras de patas ainda tinham uma maçã do rosto, conhecida como osso jugal, que praticamente desapareceu em seus descendentes modernos.

Por décadas, o entendimento dos paleontólogos sobre a evolução das serpentes foi dificultado pelo limitado registro fóssil. Os novos fósseis apresentados neste estudo são cruciais para a reconstrução dos primeiros passos na história evolutiva das cobras modernas.

Como o osso jugal, as pernas das cobras desapareceram ao longo de milênios. Não foram encontrados até o momento fósseis de cobras de quatro patas, mas os autores do estudo escrevem que os animais provavelmente tiveram esses 4 membros até cerca de 170 milhões de anos atrás. Cerca de 70 milhões de anos depois disso, Najash ainda estava carregando as patas traseiras, sugerindo que os apêndices não eram apenas uma fase transitória na história evolutiva.

Os fósseis relatados neste estudo foram encontrados no norte da Patagônia e estão intimamente relacionadas a uma linhagem antiga de cobras que povoava os continentes do hemisfério sul de Gondwana. Os pesquisadores usaram tomografia computadorizada para visualizar as estruturas do crânio dentro da amostra, examinando as vias dos nervos e vasos sanguíneos, bem como a estrutura esquelética que seria impossível ver sem danificar o fóssil.

Como o osso jugal, as pernas das cobras desapareceram ao longo de milênios. Não há fósseis sobreviventes de cobras de quatro patas, mas os autores do estudo escrevem que os animais provavelmente tiveram membros anteriores em algum momento - e os perderam cerca de 170 milhões de anos atrás. Cerca de 70 milhões de anos depois disso, Najash ainda estava carregando as patas traseiras, sugerindo que os apêndices não eram apenas uma fase transitória na história evolutiva.

As novas descobertas da Área Paleontológica de La Buitrera são significativas porque oferecem um vislumbre notavelmente claro do passado antigo das cobras.

O estudo foi publicado na Science Advances, clique aqui para ler (em inglês).