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Análise de cera de ouvido pode detectar câncer, diz estudo


Cientificamente conhecida como cerume, a cera de ouvido, além de proteger o nosso ouvido da poeira e micro-organismos, agora pode também ajudar na detecção de câncer, é o que diz uma recente pesquisa publicada por pesquisadores brasileiros.

A descoberta científica inovadora, foi publicada no Scientific Reports Nature., e foi realizado pelo Laboratório de Métodos de Extração e Separação (Lames), ligado ao Instituto de Química (IQ) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Os pesquisadores indicaram que o exame clínico da cera de ouvido, o cerumenograma, além de poder levar à detecção de doenças como câncer em diferentes estágios, também contém o histórico do metabolismo das pessoas,  o que poderia assim saber se o indivíduo está doente ou saudável.

Durante a realização da pesquisa, foram analisadas amostras de 50 indivíduos saudáveis e 52 com câncer, sendo 21 carcinomas, 4 sarcomas acompanhados de carcinomas, 10 leucemias, 11 linfomas, 3 mielomas com leucemia e 3 tumores do sistema nervoso central acompanhados de carcinomas.

O processo todo permite que em cinco horas seja verificado se o paciente tem ou não câncer. A análise pode ser feita em até sete dias a partir da data da coleta. 

Para o professor Nelson Antoniosi, um dos membros da equipe, a cera de ouvido tem se mostrado ser o melhor meio para fazer o diagnóstico de câncer por ser um material que contém, em uma pequena quantidade de amostra, uma elevada concentração de substâncias de interesse. "A análise do cerume consegue identificar 158 substâncias metabólicas. Dessas, 27 discriminam a ocorrência de câncer".

A indicação dos pesquisadores é de que o cerumenograma, nome dado à análise do cerume, venha a ser um exame rotineiro empregado no diagnóstico do câncer por ser não invasivo, rápido, de baixo custo e alta precisão.