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Estudo revela que famoso hexágono de Saturno pode elevar-se acima das nuvens

Essa visão colorida da missão Cassini da NASA é a mais alta resolução do jato de seis lados do polo norte de Saturno, conhecido como "o hexágono".
Créditos: NASA / JPL-Caltech / SSI / Universidade de Hampton

Um novo estudo publicado na Nature, usando dados da sonda Cassini da NASA, revelou uma característica surpreendente de Saturno, perto do verão um vórtice aquecido de alta altitude com forma hexagonal se forma no pólo norte do planeta, semelhante ao famoso hexágono já observado em outras pesquisas mais abaixo nas nuvens.

A descoberta é intrigante porque sugere que o hexágono de baixa altitude pode influenciar o que acontece acima e que pode ser uma estrutura imponente de centenas de quilômetros de altura.

O hexágono de Saturno, em tons de cinza. Crédito: NASA / JPL-Caltech / Instituto de Ciências Espaciais

Quando Cassini chegou ao sistema de Saturno em 2004, o hemisfério sul estava aproveitando o verão, enquanto o norte estava no meio do inverno. A espaçonave avistou um amplo e quente vórtice de alta altitude no pólo sul de Saturno, mas nenhum no pólo norte do planeta. O novo estudo relata os primeiros vislumbres de um vórtice polar setentrional se formando alto na atmosfera, quando o hemisfério norte de Saturno se aproximava do verão. Este vórtice quente fica a centenas de quilômetros acima das nuvens, na estratosfera, e revela uma surpresa inesperada.

Mapas de brilho do vórtice estratosférico hexagonal no polo norte de Saturno. 
Crédito: NASA / JPL-Caltech / Universidade de Leicester / GSFC / LN Fletcher et al. 2018

Os níveis de nuvens de Saturno hospedam a maioria do clima do planeta, incluindo o hexágono polar norte pré-existente. Esse fenômeno foi descoberto pela sonda Voyager da NASA na década de 1980 e tem sido estudado por décadas; uma onda de longa duração potencialmente ligada à rotação de Saturno, é um tipo de fenômeno também visto na Terra, conhecidos como Jet Stream ou Correntes de Jato.

Mais informações sobre a descoberta também podem ser lidas no site da ESA clicando aqui.