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Astrônomos revelam que campo magnético de Júpiter é surpreendentemente estranho


Em estudo publicado na Nature, pesquisadores revelaram através de uma análise de dados da sonda Juno que o campo magnético de Júpiter é muito diferente do nosso e sugerem que ele tenha um núcleo dissolvido.

Os pesquisadores sabem há algum tempo que Júpiter tem um enorme campo magnético que supera o nosso. A maioria supunha que o campo era semelhante ao da Terra, com linhas de força magnética saindo de um pólo do planeta e reentrando no outro pólo, criando pólos norte e sul semelhantes a um ímã de barra, porém os pesquisadores observaram que as forças magnéticas emergem de pontos diferentes no Planeta gigante.

Ao mapear campos magnéticos, os pesquisadores muitas vezes colorem as linhas que emergem de vermelho e as linhas onde elas reentram de azul. No caso da Terra, as linhas vermelhas emergiriam no pólo norte magnético, ondulariam ao redor do planeta, voltariam a entrar e ficariam azuis no pólo sul.

Em Júpiter, há uma faixa de vermelho perto do pólo norte, onde as linhas de força emergem, mas há duas áreas azuis, uma perto do equador que os pesquisadores apelidaram de "The Great Blue Spot", onde reentram, bem como outra área azul perto do pólo sul, em essência, dando-lhe dois pólos sul. Uma grande parte do campo magnético também parece estar concentrada no hemisfério norte, em vez de estar distribuída uniformemente entre os pólos.

O campo esquisito provavelmente tem muito a ver com o misterioso interior do gigante gasoso e dá aos pesquisadores algumas novas pistas para descobrir o que está acontecendo lá dentro.

Até agora, a melhor teoria da ciência sobre como os campos magnéticos se formam é chamada de efeito dínamo. A ideia é que um fluido eletricamente condutor - no caso da Terra, que é ferro líquido - passa por um campo magnético fraco, gerando uma corrente elétrica. Essa corrente cria um campo magnético mais forte, que também produz uma corrente a partir do movimento fluido. Esses campos magnéticos são grandes o suficiente para cercar o planeta.

A medida que Juno continua a percorrer o planeta, mais dados serão coletados e novos resultados poderão trazer respostas aos cientistas, podendo assim descobrirem mais sobre o estranho magnetismo de Júpiter.