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Um crânio fossilizado revelou quando o último 'unicórnio siberiano" viveu na Terra


Unicórnio são reais! :-)

Durante décadas, os cientistas estimavam que o unicórnio siberiano - uma espécie extinta de mamífero que mais parecia um rinoceronte que um cavalo - tinha vivido até cerca de 350.000 anos atrás, mas um crânio bem preservado encontrado no Cazaquistão mostrou que estas criaturas incríveis ainda existiam na Terra há 29 mil anos atrás.

Antes de falarmos sobre a mais recente descoberta, sim, havia um 'unicórnio' real que percorria a Terra há milhares de anos atrás, mas não era nada comparado aos seres fantásticos apresentados em contos e desenhos :-(. O unicórnio real, Elasmotherium sibiricum, era peludo, enorme e parecia mais com um rinoceronte moderno e seu chifre ficava em torno de sua testa.

De acordo com as pesquisas iniciais, o unicórnio Siberiano tinha cerca de 2 metros de altura, 4,5 metros de comprimento e pesava cerca de 4 toneladas. Apesar de sua estatura impressionante, o unicórnio, provavelmente, era dócil e se alimentava de grama.


O crânio recém-descoberto, que está muito bem preservado, foi encontrado na região de Pavlodar no Cazaquistão. Pesquisadores da Universidade Estadual de Tomsk foram capazes de datá-lo em cerca de 29.000 anos atrás, através de técnicas de datação por radiocarbono. Com base no tamanho e formato do crânio, era provável que era um macho já em idade avançada.

A questão para os pesquisadores é saber como este unicórnio pôde sobreviver muito mais tempo do que aqueles que morreram centenas de milhares de anos antes. "Muito provavelmente, o sul da Sibéria Ocidental era um refúgio, onde este rinoceronte perseverou por mais tempo em comparação ao resto da sua gama", disse um membro da equipe, Andrey Shpanski. "Há uma outra possibilidade de que ele poderia migrar e morar por um tempo nas áreas mais ao sul."

A equipe espera que a descoberta ajude-os a entender melhor como os fatores ambientais desempenharam seu papel na extinção desta criatura, uma vez que parece que alguns podem ter durado muito mais tempo do que se pensava, migrando a grandes distâncias.

Adriano Reis
Biólogo e Adm. do Site