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4 dicas para ver uma estrela cadente

Com um pouco de sorte e paciência, qualquer um consegue (Foto: Dave Dugdale/flick/Creative Commons)

Seja por acreditar que são um sinal de boa sorte, ou pelo simples espetáculo que proporcionam, uma coisa é fato: todo mundo adora ver uma estrela cadente. A rapidez com que estes objetos cruzam os céus e logo desaparecem sugere que o lampejo de luz apareceu apenas para a gente – dificilmente mais de uma pessoa está olhando para o mesmo pedaço de céu no mesmo segundo.

Apesar do nome popular “estrela”, elas não são nada disso: tratam-se de meteoros, pequenos fragmentos sólidos que, devido à ação do Sol, se desprenderam de cometas ou asteroides e continuam vagando na mesma órbita. Por conhecerem com precisão as órbitas da Terra e destes astros, os astrônomos conseguem dizer exatamente o período em que nosso planeta cruza com os detritos. Ao entrar em contato com a atmosfera, eles se incendeiam, gerando as chamadas chuvas de meteoros.

Todos os anos, diversas delas podem ser observadas a olho nu – são, de longe, a melhor ocasião para observar uma estrela cadente. Então já vá pensando em seu pedido enquanto confere as dicas que separamos para você não perder a próxima chuva (que já é nesta sexta-feira, 27/06).

1. Marque na agenda as principais chuvas de meteoros do ano

 (Foto: Reprodução/CACEP)
O primeiro passo é conhecer as chuvas de meteoros que temos todos os anos. Este clube de astronomia oferece a tabela ao lado, que mostra as principais. Na coluna “Máx.”, estão os dias ideais para a observação, o chamado pico das chuvas. Quanto maior o “THM”, que é a quantidade estimada de meteoros por hora, maior é a chance de ver algum.

2. Fuja da cidade

A dica mais fundamental de todas é: fique longe de grandes centros urbanos. É praticamente impossível ver uma estrela cadente nas cidades: se você conseguir, considere-se uma pessoa sortuda. A culpada é a poluição luminosa, provocada principalmente pelas luzes dos postes – se quiser entender mais, confira nosso artigo sobre o assunto. Corra para seu refúgio estrelado preferido!

3. Baixe aplicativos para localizar constelações

Durante as chuvas, as estrelas cadentes parecem surgir de uma região específica do céu, é o chamado radiante. Para uma melhor orientação dos observadores, os astrônomos deram às chuvas de meteoros nomes parecidos com os das constelações pelas quais elas passam. As Perseídeas de agosto, por exemplo, passam pela constelação de Perseu; já as Geminídeas, de dezembro, pela de Gêmeos. Portanto, saber para onde olhar é fundamental: existem aplicativos que permitem localizar as constelações apenas apontando o dispositivo para elas. Se você tem Android, baixe o Sky Map ou o SkEye. Se seu aparelho for iOS, o GoSkyWatch e o Star Chart  são ótimas opções.

4. Tenha paciência

Você já foi para algum lugar afastado e achou no céu noturno o ponto do radiante da chuva de meteoros, bem no dia de seu pico. É natural que bata aquela sensação de ansiedade – tenha calma. As estrelas cadentes são imprevisíveis, podem surgir aos montes ou nem sequer aparecer. Por isso, uma ideia é ter boas companhias com você durante sua busca: a tranquilidade do momento pode resultar em ótimos papos.

Confira abaixo mais informações sobre a chuva deste fim de semana (Foto: nate2b/flickr/creative commons)

Confira abaixo mais informações sobre a chuva deste fim de semana

27/06 Se quiser tentar já neste fim de semana, sexta-feira (27/06), às 20h, ocorre o pico das chamadas Bootídeas de junho. Esta chuva é extremamente imprevisível: normalmente, são apenas dois meteoros por hora. Mas em 1998 houve uma atividade fortíssima de 100 por hora, e ninguém sabe dizer se isto ocorrerá de novo. Quem quiser arriscar, deve ficar de olho na constelação do Boieiro por volta deste horário.

Fonte: Galileu