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Human Brain Project recriará cérebro humano com supercomputadores

Editora Globo

Cientistas de 130 institutos de pesquisa ao redor da Europa se reuniram nesta semana na Suíça para dar a largada em um dos projetos mais ambiciosos e promissores que a ciência já viu: o Human Brain Project, que pretende simular um cérebro humano funcional usando super computadores.

De acordo com o site do projeto, o objetivo da empreitada é "ganhar insights profundos do que nos faz humanos, desenvolver novos tratamentos para doenças do cérebro e construir novas e revolucionárias tecnologias computacionais".

Trata-se, portanto, de um projeto que pretende, entre outras coisas, usar computadores para entender o cérebro e, então, usar esse entendimento para produzir melhores computadores. Afinal, apesar de a tecnologia comercial ter atingido um poder de processamento alto, o cérebro humano ainda é a máquina mais complexa que conhecemos.



As plataformas sobre as quais o Human Brain Project vai trabalhar são seus: neuroinformática, computação de alta performance, informática médica, computação neuromórfica e neurorobótica. Não é à toa que pareçam termos saídos de um romance de Asimov ou uma daquelas palavras que apareciam na abertura de Fringe: neuromórfica e neurorobótica, por exemplo, se dedicam a possibilitar que máquinas tenham características mais humanas, como um microchip que imite o funcionamento de redes neurais, por exemplo.

Os cientistas, concentrados na base do projeto, na Suíça, vão compilar dados de pesquisas sobre o cérebro publicadas em periódicos científicos ao redor do mundo e usar o que sabemos sobre como os neurônios se comportam para gerar uma simulação de um cérebro em um super computador. O resultado será o modelo mais preciso de cérebro humano já produzido artificialmente.

Os cientistas terão dois anos e meio e cerca de 1,2 bilhão de euros investidos na infra-estrutura para o projeto.

Fonte: Galileu