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Astrônomos revelam origem de formas simétricas das nebulosas, com base na Fleming 1

Observatório Europeu Astral descobriu que formato é controlado por jatos de luz de estrelas próximas, no caso da nebulosa Fleming 1
 
 
Astrônomos descobriram a origem das surpreendentes formas simétricas das nebulosas planetárias, graças ao potente telescópio VLT do observatório Paranal, situado no norte do Chile, informou na quinta-feira (8) o Observatório Europeu Austral (ESO).
Os astrônomos do ESO realizaram um estudo da luz que emana da estrela central de uma nebulosa planetária, que consiste em uma bolha brilhante de gás em torno de anãs brancas (estrelas parecidas com Sol mas na etapa final de suas vidas), informou o Observatório Austral.
A análise, baseada na nebulosa Fleming 1, revelou que em seu centro estão duas estrelas anãs orbitando uma a outra a cada 1,2 dia, que lançam e controlam jatos de raios de luz que formam as formas simétricas destas nebulosas.
 
"Graças a nossos modelos e observações pudemos examinar este incomum sistema com detalhes, chegando diretamente ao coração da nebulosa, e descobrimos este par de estrelas que se encontram milhares de vezes mais próximas", declarou Henri Boffin, astrônomo do ESO e líder da equipe que fez a descoberta.
 
"Este é o caso mais completo até agora de uma estrela binária central para a qual as simulações preveram corretamente como deu forma à nebulosa que a rodeava, e com uma forma realmente espetacular", disse Brent Miszalski, um dos autores do estudo.
A importante descoberta confirma a teoria dos astrônomos sobre como se controla a espetacular e simétrica aparência do material lançado pelas nebulosas.
Paranal é um potente observatório operado pelo ESO que está situado a 2.600 metros de altitude, próximo a Antofagasta (1.361 km ao norte de Santiago), e que abriga o Very Large Telescope (VLT), considerado o telescópio ótico mais avançado do mundo.