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Seleção de estrelas ajuda a desvendar mistério do lítio no Universo

Messier 54

A imagem acima revela a vasta coleção de estrelas Messier 54. Foi com ajuda desse aglomerado que os cientistas conseguiram desvendar um dos mistérios que até então parecia acontecer apenas na Via Láctea.

Quando o Big Bang, a grande explosão que deu origem ao Universo, aconteceu também produziu a maior parte do elemento químico lítio, assim como o hidrogênio e o hélio, mas em quantidades menores.

Os cientistas esperavam que as estrelas mais antigas do cosmos tivessem uma composição parecida com essa. Mas há cerca de três vezes menos lítio nas estrelas da Via Láctea do que o esperado. Esse mistério é conhecido como “o problema do lítio”.

Até agora apenas tinha sido possível medir a quantidade de lítio existente em estrelas da Via Láctea. Mas uma equipe de astrônomos liderada por Alessio Mucciarelli, da Universidade de Bolonha, da Itália, conseguiu calcular a quantidade de lítio existente em estrelas do aglomerado Messier 54.

Este aglomerado é semelhante a muitos outros, mas pertence à pequena galáxia anã do Sagitário. Este fato permitiu aos astrônomos usar o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) para testarem se, assim como na Via Láctea, existem níveis baixos do elemento lítio em estrelas fora da nossa galáxia.

A equipe descobriu que os níveis de lítio encontrados em Messier 54 são próximos dos observados em estrelas da Via Láctea. Logo, o problema não é algo exclusivo da Via Láctea. Resta descobrir qual o fenômeno responsável pela perda de lítio.

Fonte: INFO