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Pesquisadores encontram restos de crânio de hominídeo de mais de 400 mil anos

Pesquisadores trabalham nas escavações no sítio arqueológico de Atapuerca, Espanha

A equipe de pesquisadores do sítio arqueológico da cidade de Atapuerca, na Espanha, localizou vários restos de crânio de hominídeo cuja antiguidade é calculada em aproximadamente 430 mil anos.
Um dos diretores das escavações, Juan Luis Arsuaga, explicou nesta quarta-feira que parte dos fragmentos servirão para completar algum dos 17 crânios "que estão sendo montados" com achados dos últimos anos nessa mesma região, embora também haja restos novos.

Arsuaga ressaltou a localização de um fragmento da parte frontal de um crânio, que a partir de agora será submetido a estudos de laboratório.
Na Sima de los Huesos (abismo dos ossos), onde se escava de forma sistemática desde 1984, já foram recuperados cerca de sete mil fósseis humanos de praticamente todas as partes do esqueleto, que pertenceram pelo menos a 28 indivíduos de ambos os sexos e diferentes idades.
Uma das principais novidades para o futuro será a abertura de trabalhos na Caverna dos Fantasmas, onde já foram feitas prospecções neste ano.

Embora não se possa garantir a antiguidade dos restos que serão localizados na caverna, Eudald Carbonell, um dos diretores, apontou que nos três metros já explorados é possível cogitar cerca de 300 mil anos de antiguidade, fora os outros dez ou 11 metros que ainda restam de sedimentos.
Outro dos diretores José María Bermúdez de Castro estimou que demorará dois ou três anos para começarem se realizar trabalhos em extensão na caverna, pois antes será preciso que retirar grande quantidade de sedimentos.

Bermúdez de Castro calculou que também demorará entre cinco e oito anos para se chegar ao nível TD-6 de Gran Dolina, outra região das jazidas onde neste ano foram encontrados restos de 300 mil a 500 mil anos de antiguidade.
Foi no TD-6 que se localizaram em 1994 restos de vários indivíduos de 900 mil anos que foram catalogados como uma nova espécie, o Homo antecessor.

Fonte: EFE