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Pentágono está preparado para um apocalipse zumbi

O Pentágono (Foto: Wikimedia Commons)

O Pentágono se autodefine como "uma agência de planejamento de opções". O eufemismo inclui, também, planos para um cenário de ficção científica: um "apocalipse zumbi". Um documento revelado nesta semana mostra que, entre os planos de contingência contemplados pelo Pentágono, está a possibilidade de que humanóides que se alimentem de carne humana tombarem os pilares da civilização.

Sob o código "Conplan 8888", o texto explica com riqueza de detalhes como o Comando Estratégico dos Estados Unidos deveria responder militarmente à "ameaça de hordas de zumbis que não temem a dor ou a morte para preservar a santidade da vida humana e apoiar a população humana, incluindo a de adversários tradicionais".

O documento de abril de 2011 adverte em seu prefácio: "este plano não foi elaborado como uma brincadeira". Embora possa ser visto como apenas um exercício fantasioso de fãs de histórias de terror, o plano operacional foi usado para que membros da comunidade militar e de inteligência aprendessem conceitos e procedimentos diante de um ataque em grande escala.
Sob o título Operações contra a dominação zumbi, as conquistas se centram em vários objetivos: "proteger a humanidade", "erradicar a ameaça" dos mortos vivos e "ajudar as autoridades a manter a lei e a ordem para repor os serviços básicos após um ataque zumbi".

Os autores, que colocaram este plano em uma espécie de "Wikipedia" confidencial da inteligência americana, reconhecem que os Estados Unidos contam com certas vantagens geográficas para manter os zumbis longe, mas os tráfegos aéreo e marítimo seriam um desafio difícil de salvar para evitar a extensão da infecção.
Os passos para atuar, que parecem tirados do livro Guerra Mundial Z, de Max Brooks, indicam que as Forças Armadas, sob o comando do presidente e do secretário de Defesa, poderiam utilizar todo o seu arsenal para acabar com a multidão zumbi.

Em declarações à Agência Efe, Brooks, autor de outros sucessos como "Zombie Survival Guide", explicou que os Estados Unidos têm uma perigosa fraqueza. "Somos isolacionistas e não reconhecemos os problemas até que batem na nossa porta", disse.
O Conplan 8888 garante que uma invasão zumbi que colocar em risco qualquer vida humana obrigaria a declaração de lei marcial em todo o país. Sendo assim, levaria o Pentágono a ordenar motim e a fortificação de suas bases para não ser invadido pela ameaça.

O maior problema deste conflito é que não haveria adversários identificados, o que faria o desdobramento de forças não se centrar em uma zona particular, e as ordens militares se aplicariam em todo o globo.
No pior dos casos, conclui o documento, se o exército perder o controle da situação, poderia recorrer a táticas reservadas para a "guerra nuclear ou a guerra convencional em escala global". Após 40 dias aquartelados, os militares começariam progressivamente a ganhar o terreno das hordas zumbis e a restaurar a autoridade civil no país, com o problema acrescentado de os humanos infectados "poderem negar que foram 'zumbificados".

Como nos livros de Brooks, todas as pessoas infectadas serão alvo militar e neutralizadas com o uso "de todas as capacidades militares disponíveis".
O objetivo final seria pôr um governo civil de novo em andamento e reativar o poder militar americano em Fort Meade (sede da Inteligência) e três bases aéreas estratégicas: Vandenberg (Califórnia), Whiteman (Missouri) e Offutt (Nebraska), sede do Comando Estratégico.

Mas Brooks mostrou-se otimista com a capacidade dos EUA de se sobreporem a algo parecido a um apocalipse zumbi. "Nós, americanos somos muito fortes, não nos desalentamos e nos levantamos diante de qualquer desafio", ressaltou.
"Em resumo", explicou Brooks, "nem mesmo os zumbis poderiam fazer com que os Estados Unidos acabassem em uma ditadura. Não sei de outros países, mas os EUA poderiam sobreviver a um ataque zumbi", opinou o autor. Pelo menos, o plano da guerra zumbi já está feito.

Fonte: Galileu