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Conheça o microscópio de origami de US$0,50 que funciona de verdade

Ted

Pesquisadores da universidade de Stanford desenvolveram um microscópio feito de papel que pode ser montado em apenas dez minutos, como um origami. A iniciativa tem o objetivo de tornar a ferramenta mais popular para que ela possa ser usada para diagnosticar doenças em países em desenvolvimento. O aparelho pode ampliar a imagem em 2.000 vezes e custa apenas US$ 0,50 (1,15 real).
O Foldscope foi criado com base no método de produção em massa presenciado por Manu Prakash, professor assistente de bioengenharia em Stanford, durante viagens para a Índia e para a Tailândia. Prakash resolveu aplicar o conceito para ajudar países da África que poderiam se beneficiar dessa forma de produção.

São vários modelos com componentes diferentes para identificar doenças específicas, como a Malária. Os microscópios também são resistentes a impacto e à água. As lentes, bem como a lâmina, são colocadas diretamente na folha de papel, sendo assim, o equipamento inteiro fica no que parece ser um simples sulfite.
O aparelho é não feito literalmente apenas de papel. Ele contém os itens comuns de um microscópio, lâmina e lente, além de uma pequena lâmpada LED. Para usar o equipamento, não há novidades: basta colocar um espécime na lâmina e encostar a sobrancelha próxima ao suporte da lente — que é feito de papel. Há também um mecanismo simples que permite que haja uma flexibilidade na base do aparelho para que o espécime seja visto em diferentes ângulos.

Mesmo com uma bateria que alimenta o LED, o microscópio pesa apenas 9 gramas. Ele pode ser montado como uma dobradura, como as normalmente encontradas em revistas infantis.
"Temos um objetivo muito simples que é que todas as crianças do mundo cresçam com acesso a um microscópio", disse Prakash, segundo o Stanford Daily. "Todos nós deveríamos levar um microscópio no bolso o tempo todo." Mais de 8 mil pessoas de 25 países já se cadastraram para testar o aparelho e descobrir novas aplicações para ele no cotidiano.

No final de 2012, a equipe de Prakash recebeu um aporte de 100 mil dólares da Fundação Bill & Melinda Gates para viabilizar o projeto e realizar testes de campo. "Fora do laboratório, você entende como percebem o aparelho como ele se adequa à vida das pessoas", afirmou Jim Cybulski, estudante de doutorado em engenharia mecânica e integrante do time de Prakash.

Fonte: INFO