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Conheça a região do Oceano Índico em que autoridades buscam pelo avião perdido da Malaysia Airlines

Oceano Índico
Especialistas consideram a área como um dos mares mais hostis do mundo

O ministro dos transportes da Malásia Hishammuddin Hussein, que coordena as buscas do voo MH370, deu hoje detalhes sobre a operação para encontrar os destroços do avião da Malaysia Airlines, que desapareceu em 8 de março. Ontem, o governo malaio declarou que não tem mais esperanças de encontrar os passageiros vivos e que o avião caiu no Oceano Índico.

Pesquisadores britânicos definiram que a última posição do avião no ar foi no meio do Oceano Índico, a quase 2 000 a oeste de Perth, na Austrália. Todos os esforços de busca estão focados na parte do sul do oceano, uma área que cobre 22 mil quilômetros quadrados, quantidade que evidencia a dificuldade das buscas.

Para piorar, a região é um dos mares mais hostis do mundo. Desde sempre, as condições da área fizeram estudar - e buscar - algo nesses oceanos uma operação muito difícil, perigosa e cara.
De acordo com especialistas, os oceanos do Sul são extremamente voláteis, com correntes que mudam de velocidade e direção diariamente, tornando difícil encontrar qualquer coisa a partir do ponto de origem dela. A água corre a quase 2 metros por segundo, muito mais rápido do que em qualquer outro lugar do mundo. Tudo por causa do vento.

Os ventos do Hemisfério Sul são 30 % mais fortes que os do Hemisfério Norte. "Eles não tem barreiras, da mesma forma que as Rochosas e o Himalaia fazem no hemisfério norte. O único obstáculo seriam os Andes, mas eles não fazem nem cocegas" afirma Joellen Russell, professora de dinâmica biogeoquímica da Universidade do Arizona, que estuda os mares do sul.
Com isso, além do vento forte, o mar fica muito agitado - sobre e sob a água. As ondas são altas e as correntes muito fortes. "A mãe natureza pode destruir seu barco como uma lata de cerveja", afirma Russel. "É ruim para a ciência e pior para buscas. Quando acontecem coisas no Índico, nós descobrimos quão pequena é nossa infraestrutura", afirma.

Com altas velocidades, as correntes se tornam instáveis e formam redemoinhos de quase 50 quilômetros de diâmetro, o que torna a flutuação dos destroços do avião completamente imprevisível.

Fonte: INFO