Últimas

Quase metade dos americanos rejeita a teoria da evolução

Pesquisa indica que 46% dos entrevistados acreditam que Deus criou o homem

Afresco 'A Criação de Adão', pintado por Michelangelo no teto da Capela Sistina, no Vaticano 
Afresco 'A Criação de Adão', pintado por Michelangelo no teto da Capela Sistina, no Vaticano
 
Quase metade dos americanos acreditam que Deus criou os humanos em sua forma atual há menos de 10.000 anos, informa uma pesquisa do instituto Gallup, divulgada pela rede CNN na última sexta-feira. O levantamento indicou que 46% dos entrevistados rejeitam a teoria da evolução e adotam uma visão criacionista do mundo.

A segunda crença mais comum é a de uma evolução humana direcionada por Deus, com 32%. A visão defendida pela teoria de Charles Darwin, e aceita pela maior parte da comunidade científica, de que os humanos evoluíram sem intervenção divina ao longo de milhões de anos ficou em terceiro lugar, com apenas 15%.

O número de pessoas nos EUA que creem em uma visão bíblica da origem humana mudou pouco nos últimos trinta anos, quando o instituto começou a questionar os americanos sobre o tema. Em 1982, 44% das pessoas eram criacionistas, um número dentro da margem de erro de quatro pontos percentuais da pesquisa.

Religião - Como era esperado, a religiosidade influencia diretamente na resposta do entrevistado. Quase 70% daqueles que afirmaram frequentar a igreja toda semana são criacionistas, contra 25% dos que vão pouco ou nunca. A filiação partidária também faz diferença na hora da resposta. Entre os republicanos, 60% acreditam no criacionismo, enquanto 41% dos democratas compartilham a mesma visão.

"Seria difícil discordar que a maioria dos cientistas acreditam que a espécie evoluiu ao longo de milhões de anos, e que relativamente poucos cientistas acreditam que os humanos surgiram em sua forma atual há apenas 10.000 anos, sem a ajuda da evolução", ponderou Frank Newport, responsável pelo levantamento. "No entanto, quase metade dos americanos hoje têm uma crença contrária à maior parte da literatura científica", concluiu o pesquisador .

Fonte: Veja